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Tag: aplicar o BDI

8 passos para elaborar a planilha de orçamento da obra

planilha de orçamento

Em todo novo empreendimento o desafio é o mesmo: como fazer uma planilha de orçamento da obra precisa, sem faltas e nem sobras?

Afinal de contas, se preciso das informações com agilidade, a tendência é jogar os dados um pouco para cima; se tenho mais tempo, corre-se o risco de fazer levantamentos que podem ter muitas variações, em função da inflação. Equação difícil de resolver, certo?

Elaborar uma planilha de orçamento da obra, na construção civil, depende de experiência, confiabilidade, eficiência, rapidez e precisão. É uma tarefa minuciosa e detalhista que desafia o profissional que trabalha com prazos cada vez mais apertados. E nem sempre o que foi previsto será o executado.

Por isso, é importante entender as fórmulas, acompanhar o mercado financeiro e manter uma boa comunicação com o cliente, o escritório e o canteiro de obras.

Pensando em otimizar essa tarefa, preparamos 8 dicas para ajudar você a identificar pontos importantes e elaborar uma planilha de orçamento da obra coerente e eficaz. Vamos lá!

1. Fazer o projeto

Essa parte inicial é a mais estratégica. Após receber as informações sobre o projeto, o orçamentista precisa analisar com cautela todos os itens apresentados e começar a criar a planilha de orçamentos. Esta etapa vai permear toda a obra, sendo necessário fazer ajustes e manter o canteiro de obras, escritório e cliente sempre informados das mudanças necessárias.

Um bom planejamento financeiro contempla controle eficaz e relatórios de acompanhamento, para que tudo saia conforme o previsto.

Entre as recomendações principais para elaborar a planilha de orçamento, listamos:

Ainda de acordo com esse último ponto, certifique-se de utilizar um software de orçamento de obras que tenha facilidade de importar dados de uma planilha em Excel ou em TXT. Normalmente, esses arquivos para importação já contém a otimização da planilha (itens e sub-itens) e, às vezes, os quantitativos de cada item.

2. Analisar a composição de preços para cada serviço

Essa análise depende de o orçamentista pesquisar o valor unitário de cada material ou insumo.

A própria empresa pode manter e atualizar uma lista de referência com esses valores. Na verdade, essa é uma prática recomendada pelos especialistas.

Mas, caso queira utilizar um serviço já existente (gratuito ou pago), basta analisar na internet as bases disponíveis e escolher a que melhor atende ao trabalho, exemplos: SICRO (DNIT) e SINAPI (CEF).

É importante ressaltar que as composições de preços devem ser constantemente atualizadas, uma vez que é muito rápida a alteração dos procedimentos executivos e das inovações tecnológicas e de materiais.

3. Ajustar os custos

É muito comum, durante o período de obras, que o orçamentista tenha que realizar pequenos e médios ajustes na planilha de orçamento da obra, mediante fatores internos e externos.

Os custos dos serviços e de materiais podem sofrer alterações caso algum processo de contratação atrase, ou então você tenha que mudar de fornecedor por demora ou por ele não ter a quantidade suficiente de material, ou ter que comprar algum equipamento que não tenha sido previsto, etc.

Você precisa considerar também a inadimplência de prestadores de serviços e fornecedores. Em sua análise financeira, identifique cada passo para que o fluxo de caixa não fique defasado. Essas previsões podem auxiliar em uma possível gestão de crise.

Para não perder o controle, um jeito bem prático é acompanhar e monitorar o trabalho utilizando um software de gestão de obras. Ele ajudará a ter visão geral de todo o trabalho, controlar as informações e ajustar as necessidades.

4. Levante os custos indiretos e custos de acessórios

Para uma boa planilha de orçamento da obra é importante considerar, também, os custos indiretos. Ou seja: aqueles que não são assimilados, diretamente, com a execução de um projeto, como:

  • escritório;
  • automóvel;
  • mão de obra qualificada;
  • impostos e taxas.

Do contrário, a sua planilha de orçamento da obra vai ficar incompleta, sempre incompatível com os custos finais do projeto. O que afeta, diretamente, a lucratividade da empresa.

Planilha_Controle_de_Obras
 

5. Insira os impostos e defina o lucro desejado

Como falamos, acima, a respeito dos lucros, convém apontar a relevância dele em uma planilha de orçamento da obra precisa e confiável.

Nessa etapa, inclusive, entra o conceito de BDI — sigla para bonificação e despesas indiretas. Pois é a partir das etapas anteriores que você consegue analisar a planilha de orçamento da obra com total convicção dos valores expressos.

Qualquer trabalho orçamentário deve considerar todos os elementos que, direta ou indiretamente, influenciam no preço final do seu projeto.

6. Calcular e aplicar o BDI

O BDI (Bonificação e Despesas Indiretas), acima citado, representa o rateio dos custos das obras não discriminados na Planilha de Quantidades e Preços Unitários (definidos como Custos Indiretos) aplicado sobre os Custos Unitários Diretos dos Serviços. É importante saber realizar o cálculo após conhecido o projeto, sua localização e com dados próprios de cada empresa.

Ele também auxilia na análise orçamentária dos lucros e na descrição do que não está ligado ao custo direto da obra. É uma taxa que é adicionada para cobrir as despesas indiretas que o construtor tem, mais o risco do empreendimento, as despesas financeiras envolvidas, os tributos incidentes na operação, eventuais despesas de comercialização e o lucro do empreendedor.

Temos um artigo que explica, na prática, como calcular a fórmula de BDI.

7. Encontrar o preço de venda

Saber determinar o preço final de um projeto na construção civil é um desafio. Isso porque a sua classificação tem interferência direta na percepção do mercado, na movimentação dos competidores do setor e na própria demanda do seu consumidor. Por isso, atenção redobrada às regras do seu nicho. Alguns fatores podem provocar mudanças no preço como a prática dos concorrentes ou a requisição dos consumidores, por isso ele deve estar sempre adequado às regras do mercado.

Alguns fatores podem ser levados em consideração:

  • custo do serviço/produto e o custo de matérias primas totais;
  • gastos variáveis, impostos, comissões e gastos com a entrega;
  • gastos fixos, ou seja, o valor que cada unidade do produto deve gerar, para que a empresa consiga pagar todas suas despesas;
  • margem de lucro.

Dessa maneira, a sua empresa vai estar mais segura e imunizada contra os imprevistos que interferem no valor final do projeto, mancham a reputação da empresa e interferem diretamente na lucratividade e no desenvolvimento de sua marca no mercado.

8. Realize o fechamento da planilha com uma revisão dos valores expressos

Para encerrar o assunto sobre a planilha de orçamento da obra, convém um exercício simples e prático, que consiste em reavaliar os pontos desenvolvidos.

Lembre-se que a dica anterior, de um software de gestão para auxiliar na produção orçamentária, se faz de grande relevância. Especialmente, no contexto mercadológico que vivemos, atualmente.

Por meio desse tipo de solução a inserção e também a revisão de valores são tarefas mais rápidas e confiáveis. Um simples investimento que se converte em resultados reais para a elaboração de uma planilha de orçamento da obra competitiva.

Por isso, não se atenha aos desafios em elaborar a planilha de orçamento da obra. Cabe à sua equipe a identificação de soluções significativas para qualificar o trabalho, além do envolvimento de sua equipe com o projeto.

Assim, é importante buscar conhecimento para adquirir mais experiência e sempre estar em contato com as principais notícias do universo da construção civil.

Fica, então, o nosso convite para você voltar mais vezes ao blog da 90t.i. para seguir identificando informações valiosas sobre o setor de construção civil. Mas, por enquanto, visando um trabalho complementar ao que vimos ao longo deste post sobre a planilha de orçamento da obra, aproveite para baixar gratuitamente nossa planilha sobre controle de obras!