Como trabalhar com o Sicro Dnit?

É cada vez mais importante unir as informações externas para compor uma tabela de preços competitiva e capaz de agregar mais valor ao seu negócio. No setor de Construção Civil, não faltam ferramentas que possibilitem essa integração de dados, permitindo a elaboração de orçamentos impecáveis e igualmente atrativos para os seus clientes.

Entre os principais instrumentos para isso, apontamos o Sicro DNIT como um dos mais relevantes. Inclusive, é um documento que pode ajudar a criar um bom orçamento para obras públicas — já que o contratante poderá avaliar as propostas com base no Sicro Dnit, por exemplo.

Como trabalhar com o Sicro Dnit e, assim, obter um projeto elaborado e com ótimos referenciais para apresentar aos seus clientes? Descubra no nosso post do dia!

O que é o Sicro DNIT?

Em resumo, trata-se de uma ferramenta que foi elaborada e é constantemente atualizada pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), cujo principal objetivo é dispor de uma definição de custos padronizada. Dessa maneira, contratantes e contratados podem se apoiar nos valores referenciais para elaborar os seus orçamentos de projetos, bem como licitações de obras públicas — como apontamos no início deste texto.

Qual é a importância do Sicro DNIT?

Como dito, ele é uma ferramenta referencial. Ou seja: auxilia os orçamentistas e contratantes a observarem a média de preços praticada no mercado e avaliar as melhores propostas em mãos. Para as empresas do setor de Engenharia Civil, é uma boa alternativa para se manter em competitividade no mercado, podendo avaliar oportunidades para diferenciar os preços de insumos e serviços com o valor agregado pelos serviços prestados por sua empresa.

Inclusive, a relevância disso é determinante para tornar o setor, como um todo, mais transparente. O que abre espaço para uma concorrência mais leal entre as empresas — independente do porte.

Quais são os referenciais do Sicro DNIT?

Para ter como base os preços e também o valor dos insumos, o DNIT toma como referência o Sistema de Custos Rodoviários (Sicro). Daí então, a estruturação de toda a base referencial considerada para a elaboração de orçamentos para obras licitadas.

Como dissemos, trata-se de um modelo que estimula a competitividade no setor, pois os contratantes saberão, aproximadamente, onde um custo está indevidamente maior, por exemplo, permitindo às empresas a elaboração de um orçamento justo e transparente. Vale apontar que o Sicro não é uma tabela de preços, apenas.

Trata-se de um eficiente levantamento do setor, que opera por meio de uma série de variáveis. Essas variantes são os elementos que contribuem para a elaboração de preços, como:

  • Variações regional e temporal dos valores;
  • Disponibilidade dos insumos;
  • Distância dos centros de produção;
  • Fatores econômicos diversos.

Isso funciona da seguinte maneira: o DNIT realiza uma pesquisa nas capitais sobre o valor de cada insumo necessário para a realização de uma obra. Acontece que não basta avaliar um fator, tendo em vista que o preço de um insumo pode variar amplamente de acordo com a região.

Por quem a ferramenta é utilizada?

Em geral, orçamentistas e contratantes vivem com o Sicro DNIT aberto para avaliarem as melhores condições do orçamento. Acontece que eles não são os únicos interessados nos preços apontados em cada atualização do Sicro DNIT. Afinal, projetistas e construtores também se interessam pelas flutuações do mercado, bem como os fornecedores e, claro, os órgãos governamentais (grandes interessados nessa ferramenta para avaliar as propostas orçamentárias). Ainda, vale compreender que o Sicro DNIT não é e tampouco deveria ser a única base referencial das empresas, pois existem outras ferramentas similares, como a tabela SINAPI, que podem ser usadas em conjunto para garantir uma avaliação ainda mais precisa.

O que contempla a nova versão do Sistema de Custos?

Em 26 de abril de 2017, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) apresentou ao público a terceira versão do Sicro DNIT. Nessa atualização, as pessoas que mais usam essa ferramenta referencial, como os já citados projetistas, fornecedores, empresários e orçamentistas — além dos órgãos governamentais — puderam ficar por dentro de um contexto mais preciso de como trabalhar com o Sicro DNIT. Entre as principais mudanças e ajustes estabelecidos, podemos citar que, agora, o sistema contemplará um total de 6.060 composições de preços, sendo:

  • 2.012 relativas ao setor de drenagem e obras de correntes;
  • 893 focadas em hidrovias;
  • 612 composições de obras de arte especiais;
  • 448 referências de sinalização rodoviária;
  • 352 composições para análise de superestrutura ferroviária;
  • 279 de terraplenagem;
  • 231 referências de pavimentação rodoviária;
  • 121 de manutenção rodoviária;
  • 62 composições referenciais de túneis.

Na ocasião de lançamento da nova versão do Sicro DNIT, o Coordenador-Geral de Custos de Infraestrutura de Transportes do órgão, Luiz Heleno Albuquerque Filho, a ferramenta “Possui como uma das principais marcas trazer mais qualidade ao orçamento público e acelerar a elaboração de orçamentos”. Albuquerque ainda complementa, a respeito dos diferenciais da ferramenta: “Só o DNIT tem cerca de R$ 40 bilhões em contratos construídos sobre a base do sistema, e que o know-how e as constantes revisões e atualizações são suficientes para despertar o interesse por sua utilização”. Isso é um avanço e tanto para que orçamentistas se apoiem nos valores apontados no Sicro DNIT e consigam, também, elaborar documentos de grande vantagem competitiva para trazer mais visibilidade às suas empresas.

Deu para entender um pouco mais a respeito da importância do Sicro DNIT e como trabalhar com essa ferramenta para uma elaboração de orçamentos mais eficientes e cada vez mais livres de falhas? Para saber outras notícias e dicas relevantes para o setor de Engenharia Civil, curta a nossa página no Facebook e saiba, em primeira mão, todo tipo de inovação e dicas produtivas para você aplicar na sua empresa!

Compor 90 atende as necessidades do DNIT no banco de dados do Novo Sicro

Já está disponível em nossa área do cliente o Banco de Dados com as composições de preços unitários do DNIT referente à Janeiro de 2017 (o novo sicro)! Uma das mudanças é a nova metodologia de cálculo das composições utilizada pelo DNIT, que contempla:

· FIC – Fator de Influência de Chuvas;
· FIT – Fator de Influência de Tráfego;
· Tempo Fixo – Custo de Carga e Descarga no transporte de materiais;
· Momento de Transporte: Custos diferenciados para transporte em Leito Natural (LN), Revestimento Primário (RP) e Rodovia Pavimentada (P).

Vale ressaltar que a codificação dos insumos e composições foi totalmente modificada. Para que o Compor calcule as composições corretamente, contemplando estas modificações, é necessário que seja instalada a Versão 2017 – Release 2, também disponível na Área do Cliente. E para instalar a Release 2 é necessário que antes seja instalada a Release 1.

Acesse e confira!

novo sicro

 

Composição de preços unitários: o que é e como aplicar

Mensalmente, os sites da Caixa Econômica e do DNIT publicam a composição de preços unitários para serviços de engenharia (leve e pesada) com os preços dos insumos diferenciados para cada unidade da federação. Já os índices de consumo de material ou mão-de-obra para um determinado serviço não variam muito de região para região.

Com isso, o objetivo deste artigo é mostrar a importância das composições de custos para o orçamento e planejamento das obras. Principalmente para empresas que entram em concorrência de obras públicas ou privadas.

Como fazer a composição de Preços Unitários? Confira no artigo de hoje!

O que é a composição de Preços Unitários?

É por meio das CPUs (Composições de Preços Unitários) que se obtém a curva ABC de materiais e serviços. Ou seja: o gráfico de quais insumos (seja material, mão de obra ou equipamentos) pesam mais na execução de uma obra. Vale apontar que a CPU também é utilizada para termos uma noção precisa de uma série de outros aspectos que podem ajudar a otimizar o planejamento e controle de suas obras, como:

  • Quanto será gasto em cimento por mês;
  • Se vale a pena estocar determinados tipos de material;
  • Se devemos ou não antecipar ou parcelar os pagamentos;
  • Qual deve ser a equipe contratada e utilizada para cada etapa da obra.

Além disso, é muito comum usar a Composição de Preços Unitários para elaborar relatórios gerenciais fundamentais para o planejamento e execução da obra. Principalmente no que diz respeito aos gastos com combustível e lubrificantes, a permanência de pessoal, o fluxo de caixa e outras questões nesse sentido.

Quais as vantagens em aplicar a Composição de Preços Unitários?

Como vimos, a CPU pode permitir um panorama mais controlado e planejado para que as suas equipes antevejam situações que tornem o cronograma mais fácil de ser seguido. Além disso, ao planejar o orçamento de um projeto, a Composição de Preços Unitários também ajuda a reduzir significativamente os erros decorrentes da estimativa inicial e o valor final obtido.

A melhor maneira de colher esses benefícios é por meio da observação de um conceito simples do que é a CPU, dividindo-a em duas categorias bem definidas: insumos e serviços. Os insumos se segmentam em 3 tipos:

  1. Material: que são os itens necessários para a obra, como cimento, areia, pedra e latas de tinta;
  2. Mão de obra: todo tipo de contratação necessária para cada etapa do projeto, como marceneiros, pedreiros, pintores e eletricistas;
  3. Equipamentos: todo tipo de maquinário que será utilizado durante a obra, como lixadeiras, betoneiras e furadeiras.

Durante a Composição de Preços Unitários, os serviços se tratam de todos os insumos utilizados para o desenvolvimento de uma etapa de produção que seja mensurável na obra. Dessa maneira, a sua empresa passa a se organizar com muito mais assertividade, menos imprevistos e um controle mais preciso do tempo que será necessário para concluir a produção de cada etapa. Bem como a mão de obra necessária e os custos envolvidos em cada detalhe de sua obra.

Exemplo

Podemos citar quanto custaria a construção de uma parede com 3 metros de altura e 10 metros de comprimento. Não apenas o seu valor, o que ajudaria a mensurar se o preço praticado está de acordo com o mercado, em geral, mas também em detalhes.

Isso significa que você teria em mãos, também, o valor por m², por exemplo, e quanto custaria a hora do serviço — bem como quantas horas seriam necessárias para a sua conclusão.

Qual é a importância da tecnologia na Construção Civil?

Hoje em dia, é indiscutível que a tecnologia tem um papel determinante na condução de cada projeto. Não apenas na Construção Civil, mas em todas as camadas produtivas da sociedade. Nesse sentido, entre as muitas soluções para calcular a Composição de Preços Unitários, existem os softwares que integram os dados de toda a sua produção e, assim, permitem uma visualização mais assertiva e prática de gestão do seu negócio.

Entretanto, vale se atentar a alguns pontos cruciais ao escolher a solução ideal para as suas necessidades e objetivos. Por exemplo: quando uma construtora adquire um sistema de orçamento, é importante verificar se essa tecnologia já vem acompanhada de um banco de dados com as composições de custos. Também se é possível importar, para o sistema, composições cadastradas em outros bancos.

É claro que a maioria das construtoras já têm suas próprias composições e seus próprios índices. Mas muitas vezes, é importante comparar os seus custos com os custos do órgão solicitante, inclusive para analisar a viabilidade da obra.

Publicação dos índices na página na Internet

Alguns órgãos publicam seus índices em sua página na Internet ou mesmo comercializam suas composições de custos, com os preços atualizados dos insumos. O DNIT, por exemplo, divulga mensalmente suas composições e custos de equipamentos, inclusive com preços diferenciados por região do país.

O EMOP (órgão da secretaria de obras do Rio de Janeiro) e a FGV também divulgam periodicamente seus preços. A COPASA, em todos os seus editais, publica a planilha de serviços já com os preços do órgão, calculados por meio de suas composições. Além disso, quando aparece um serviço novo, que não consta do cadastro de composições da construtora, é fundamental que seja rápido e prático consultar os índices para a realização desse serviço ou de algum similar, para servir de base para inclui-lo em seu cadastro.

Normalmente, os bons sistemas de orçamento de obras já vêm com as composições de diversos órgãos e revistas especializadas, com facilidade para atualização dos preços dos insumos, bem como para importação, exportação e integração com outros bancos. Dessa maneira, você consegue alinhar as suas soluções com base no que o mercado pratica, e ainda mantém as suas informações sempre atualizadas em tempo real por meio desses sistemas, garantindo que o serviço prestado gere alta competitividade com a concorrência para vencer disputas diversas — de obras públicas ou privadas.

Tem interesse em se aprofundar mais sobre o assunto e conhecer mais a respeito de soluções diversas para agregar mais tecnologia e precisão na sua Composição de Preços Unitários? Curta a nossa página no Facebook e não perca as nossas novidades!