Os 8 indicadores financeiros mais importantes na engenharia civil

Se perguntassem a você como anda a saúde financeira de sua empresa, você saberia responder com precisão? A verdade é que, quando nos baseamos apenas no faturamento, corremos sérios riscos de nos basearmos em indicadores financeiros pouco abrangentes para avaliar a situação de sua empresa. Ainda mais em um setor tão dinâmico quanto o de Engenharia Civil, a atenção aos variados indicadores financeiros pode garantir um planejamento mais assertivo e a noção sobre o que necessita de ajustes pontuais e imediatos para desenvolver o seu negócio.

Quais os 8 indicadores financeiros mais importantes na engenharia civil? Confira neste post!

Por onde começar: as visões financeira e contábil

Antes de falarmos sobre os indicadores financeiros, é bom falarmos sobre as grandes estruturas capazes de sustentar o seu negócio:

A visão financeira

É aquilo que compreende o caixa: o dinheiro que, efetivamente, entra ou sai durante a condução do seu negócio. Como exemplo, podemos apontar todo tipo de movimentação bancária.

A visão contábil

Trata-se do complemento ao que temos na visão financeira, pois retrata a situação econômica do seu empreendimento a partir do regime de competência. Um bom exemplo disso é a compra de materiais no valor de R$ 2.500, mas parcelada em 10 vezes de R$ 250.

A competência é o valor registrado em nota fiscal (R$ 2.500), enquanto as parcelas podem ser consideradas o fato gerador dessa transação e que permite uma visualização melhor da situação mês após mês. Esclarecida essa questão inicial, vamos entender como os indicadores financeiros se relacionam com a situação de sua empresa e podem contribuir com a sua tomada de decisão no dia a dia!

1. Indicadores financeiros (caixa)

Para uma boa análise de sua empresa, os indicadores financeiros que são apurados pelo regime de Caixa podem permitir a qualidade de todas as entradas e saídas de dinheiro. Portanto, a elaboração de um fluxo de caixa se torna determinante para que você consiga acompanhar as entradas, saídas e, inclusive, que possa monitorar de maneira a visualizar situações no curto, médio e longo prazo.

2. Resultado bruto (margem bruta)

O resultado bruto pode ser definido pelo cálculo do seu faturamento, menos os custos variáveis. Dessa maneira, você consegue compreender o quanto entrou em caixa após o pagamento de impostos e fornecedores, entre outros gastos. Sua importância como um dos principais indicadores financeiros, deve-se ao fato de que ele aponta a sua margem bruta (aquilo que efetivamente será da sua empresa após todos os encargos).

3. Resultado operacional (margem operacional)

Indicador financeiro que permite às empresas observarem se a atividade econômica em  irá render o resultado esperado. Isso porque, além da margem bruta que vimos anteriormente, é importante analisar se o volume de produção e as entradas compensarão para avaliar se a sua atividade está sendo saudável para a empresa — financeiramente.

Caso os custos sejam maiores do que os ganhos, o resultado pode ser desastroso, não é verdade? Por isso, o resultado operacional ajuda a antecipar muitos imprevistos. Para isso, basta subtrair as despesas operacionais do seu resultado bruto.

4. Rentabilidade

Este é o percentual de cada venda após quitadas todas as despesas — com exceção do Imposto de Renda.

Esse percentual é atingido através da divisão de vendas absolutas com o resultado operacional também absoluto. Ou seja: caso você tenha vendido R$ 500 mil em um mês, com uma margem operacional absoluta de R$ 50.000, seu indicador de rentabilidade será de 10%.

5. Margem de contribuição

Basicamente, este é um dos mais básicos indicadores financeiros, pois pode nos dizer quanto temos de receita das vendas após todos os descontos dos custos.

Entretanto, a noção básica desse indicador é a seguinte: quando a sua margem de contribuição estiver negativa, algo deve estar errado, pois não se paga custos fixos com prejuízo.

Agora, caso esteja positiva, convém usar outros indicadores financeiros, como ponto de equilíbrio — que veremos a seguir — para saber se a margem é suficiente.

6. Ponto de equilíbrio

É a partir desse indicativo que sua empresa analise a meta e se ela é suficiente para gerar — ou não — lucros.

Em outras palavras: o ponto de equilíbrio ajuda a identificarmos o quanto precisa vender para que a empresa não fique no vermelho.

Para calculá-lo, compare o seu indicador de ponto de equilíbrio com a capacidade de produzir e também de venda. Quer dizer: digamos que você precise vender 4 projetos ao longo do ano para ficar com as suas despesas e receitas em dia, mas sua capacidade de produção é de apenas 3 projetos ao ano.

Isso é uma tendência clara de que seus custos estão maiores do que a sua capacidade produtiva.

7. Lucratividade

Por falar em metas, a lucratividade ajuda a visualizar também a sua eficiência operacional, além de outros fatores. O mais interessante é que ela ajuda a nos mostrar quanto tivemos, efetivamente, de lucro ao final de cada mês.

Para analisar a lucratividade, basta observar quanto foi gerado, de receita, e o quanto foi gasto no mesmo período. A ideia é simples: reduzi ao máximo os custos (diretos ou fixos) para manter o nível de lucratividade em alta.

8. Geração de caixa

Por fim, vamos falar sobre a geração de caixa como o último de nossa lista de indicadores financeiros, pois ele está ligado à sua lucratividade.

Neste caso, entretanto, além do percentual devemos observar também o quanto está sendo guardado no fim do mês. Isso porque, ao gerar caixa todos os meses, você conta com uma margem de segurança cada vez maior contra imprevistos e tempos de baixo volume de vendas.

Assim, essa reserva pode ser determinante para garantir sobrevivência à sua empresa diante de dificuldades variadas, como uma crise econômica no País, por exemplo.

Para analisá-lo, basta atrelar a sua meta para a geração de caixa com base no que sobrou de lucro da sua empresa, após o fim do mês.

Isso demanda planejamento, mas pode ser determinante para aumentar e fazer a manutenção da saúde financeira de sua empresa.

E então, o que achou dos indicadores financeiros que apresentamos neste artigo? Qual deles realmente pode fazer a diferença para analisar a situação de sua empresa? Compartilhe conosco, no campo de comentários deste post!